A construção do Teatro decorreu entre 1963 e 1969, com um projeto da autoria do Arquiteto Barros da Fonseca, num projeto arquitetónico muito arrojado para a época, que consiste num edifício de quinze pisos, integrando um Hotel, um Teatro e um Cinema.

O Teatro Maria Matos inaugurou a 22 de outubro de 1969, sob a Direção Artística de Igrejas Caeiro, com a peça “Tombo no Inferno”, de Aquilino Ribeiro. Pelo seu palco passaram, durante os anos 70 e início dos anos 80, várias companhias, nomeadamente a Companhia de Teatro da RDP, com Direção Artística de Artur Ramos, e a Repertório – Cooperativa Portuguesa de Teatro, com Direção Artística de Armando Cortez.

Em 1982, o Teatro foi adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa, deixando de ter companhia residente e passando para um regime de acolhimento de projetos independentes e de companhias mais pequenas de Teatro, de Dança e de Música.

Em 2003, a gestão do Maria Matos transita para a empresa municipal EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural.

Dado o seu estado de degradação, em agosto de 2004, deu-se início a uma intervenção de profunda remodelação deste espaço cultural, conferindo-lhe uma nova identidade e dotando-o de melhores condições para a apresentação de espetáculos. O projeto incluiu a remodelação da sala e dos bastidores, a melhoria da acústica, da iluminação, da climatização, o reforço da segurança e a eliminação das barreiras arquitetónicas.

O Maria Matos Teatro Municipal reabriu a 27 de março de 2006. Este é agora um espaço sofisticado, moderno e acolhedor que, para além da sala principal, com capacidade para 447 lugares, é dotado de um Lounge, de um Café e de uma Sala de Ensaios. Após a reabertura, tendo como diretor artístico Diogo Infante, o Teatro consolidou-se como uma das principais salas de espetáculos da cidade de Lisboa, apostando numa programação própria regular baseada em produções teatrais próprias e coproduções de vários dos festivais de artes performativas e de cinema em Lisboa.

Entre 2008 e 2018, a direção artística esteve a cargo de Mark Deputter, uma alteração que assinalou, de igual forma, uma transformação no perfil do Teatro, vocacionando-o para a contemporaneidade performativa. Simultaneamente, apostou nos criadores nacionais sem espaço cultural de residência, na produção internacional com as mais variadas e experimentais linguagens artísticas, na regularidade de uma programação musical, no fortalecimento de um projeto educativo e, recuperando uma ideia clássica, na integração das questões da polis no espaço do teatro.
Em Julho de 2020 o Teatro Maria Matos inicia um novo capítulo da sua história. Com a alteração de modelo de gestão, o Teatro Maria Matos passará a ser arrendado pela Força de Produção proporcionando uma oferta cultural para o grande
grande público. A missão desenvolvida pelo Maria Matos Teatro Municipal continua a ser desenvolvida noutros espaços da cidade — o Lu.Ca e o Teatro do Bairro Alto.